O livro aborda a história de um menino que nasceu com uma enfermidade que acarreta, por si, uma deformidade em sua aparência física e, por conseguinte, os dramas daí decorrentes.
Algo realmente formidável no livro é a forma com a qual os personagens são encarados pelos próprios personagens entre si: todos são "carimbados" por uma determinada característica e carregam essa marca durante um bom tempo do histórico escolar: são os "nerds", "geeks", "certinhos", "esportistas",enfim, características externas que não definem o que a pessoa, ou melhor, quem a pessoa realmente é. E por que não considerar que tal postura seja praticada também entre os indivíduos de idade mais madura. Não esporadicamente eu me deparo com situações no trabalho em que sou julgada, em que julgam e em que eu mesma julgo. Mesmo que com animus jocandi, será que às vezes magoamos alguém querido quando o taxamos de "maluquinho", "avoado", "ensaboado", "tagarela"?
Enfim, Extraordinário é aparentemente simples, mas pode ser útil nas relações interpessoais. De leitura fluida, possível de começar e terminar em uma tarde, em um passeio delicioso por suas páginas recheadas de sentimentos puros de ex-crianças recém-chegadas à pré-adolescência.
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