Quando avistei o livro A Mulher da Gargantilha de Veludo e Outras Histórias de Terror e percebi que o seu autor era Alexandre Dumas confesso que fiquei espantada. Estava acostumada com O conde de Monte Cristo, Os Três Mosqueteiros, enfim, clássicos e a capa do livro mais parecia Stephen King! Enfim, levei para casa, por curiosidade e imaginando que, pelo título, ia me deparar com um história assustadora, divertida e bem escrita. Foi isso e mais. A carga densa sobre o aspecto da pena de morte no livro é espantosa. A história 1001 fantasmas, ao mesmo tempo assustadora, é um ode à vida e à dignidade da pessoa humana. Dumas assusta e conscientiza de forma concomitante.
A história gira em torno de outras histórias que começam a ser contadas após um estranho acontecimento. Após matar sua mulher, um homem chamado Jacquemin afirma que a cabeça do de cujus com ele se comunicou. A partir daí, pessoas da sociedade que se encontram em um jantar começam a relatar, uma a uma, histórias assombrosas de pessoas mortas que depois se comunicaram.
Ocorre que no diálogo dos mortos em decorrência de pena de morte se percebe a aflição e os sentimentos de pré-morte nos condenados, o que nos levar a sentir mais do que pena, mas principalmente horror e uma rebelião contra a pena capital. Alexandre Dumas se mostra um verdadeiro formador de opiniões, mas de forma bem sutil. Enfim, uma história excelente, divertida e que vale a pena ser lida.
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