O que me inspirou foi a Aula de Degustação de Champanhe com o Professor Ronan Kerrest que tive hoje na Aliança Francesa. O curso foi excelente. Degustamos 3 espumantes e 1 champagne, todos com dégustation à l´aveugle, ou seja, às cegas, a fim de que o rótulo não influenciasse nossa opinião sobre o vinho. Contudo, o preferido da maioria, coincidência ou não, foi o champagne!
Degustamos os seguintes rótulos:
1)
O Vouvray é proveniente da região de Vouvray, em Val de Loire. Como é brut, a adição de açúcar ou licor é pouquíssima, restando mais o açúcar da uva que se dissipou para o aparecimento das bolhas. Possui uma cor amareala esverdeada, o que pode significar um tempo maior de conservação. O aroma é delicioso, me lembrou cupuaçu. O sabor lembrou-me palha e frutas como maça-verde e damasco. Na boca, manteve uma acidez bem equilibrada.
2)
O segundo vinho foi o Louis Vallon Cremant (como são chamados os espumantes feitos com a mesma técnica do champagne) da região de Bourdeaux, salvo engano com um mix de uvas Merlot e Cabernet-Sauvignon. Também brut e de cor clara, quase límpida, me pareceu bom, mas não me chamou muito a atenção. Acho que combinaria bem com um peixe. Ao contrário do anterior, que para o meu paladar, harmonizaria perfeitamente com torta e bolo doces.
3)
O melhor da noite! Bouché Père & Fils, um Champagne brut de aparência, odor e sabor maravilhosos. Com duas de minhas uvas preferidas, esse champagne é constituído de 35% Pinot Noir, 35% Chardonnay e 30% Pinor Meunier, uvas típicas da região de Bourgogne, mas claro, este aqui feito em Champagne!
4)
Por último, nos foi apresentado o Carte Ivoire, espumante brut, da região de Limoux (local onde foram feitos os mais antigos espumantes do mundo - começaram em 1531!!). Uvas Mauzac e Chenin. O odor é maravilhoso, cheirinho de mel. Pensei até que era bem doce, mas quando dei o primeiro gole me surpreendi com a sensação de acidez. Contudo, a sensação foi diminuindo no decorrer da degustação até se tornar um gosto bem agradável.
Tudo isso acompanhado de ótimas explicações, papo descontraído, queijos (munster, comté, etc...), frutas e doces ótimos de uma patisserie aqui de Brasília.
Segue abaixo a primeira parte das dicas sobre vinhos que eu pretendo colocar aqui no blog com certa frequência:
Dica 1: Cada vinho deve ser apreciado em taça adequada
Por exemplo:
- Pinot Noir (Bourgogne), Chardonnay, Pinot Meunier: taça mais arredondada, conhecida como taça balão. Isso se faz necessário por ser um vinho mais delicado, complexo e ideal para cheirar antes de beber.
- Rosé: taça intermediária, para equilibrar as propriedades dos tintos com brancos.
- Merlot, Petit Verdot, Malbec e Cabernet Sauvignon (Bordeaux): taça mais estreita e comprida. Maior concentração de tanino, juntamente com o vinho da uva Tannat. Dão uma sensação de trava, proveniente da casca e da semente da uva. Por isso que com esse vinhos é recomendável fazer aquele velho ritual de girar o copo fazendo a oxigenação, a fim de que os aromas fiquem mais concentrados e dessa forma, se possa sentir mais o aroma, equilibrando, pois, o vinho.
Alors, c´est ça! À demain!
Naninha, adorei a degustação de ontem! Ainda mais por ter tido essa experiência com minha maninha querida!
ResponderExcluirO segundo espumante que você ficou em dúvida quanto às uvas era um mix de Sémillon e Cabernet Franc.
Adorei a dica das taças!
Bjo, querida.
Obrigada, Sarinha! exatamente isso: sémillon e cabernet franc. E a de hoje, que tal?
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